Revoluções


O dia 9 de outubro é marcado pela vida e morte de duas pessoas cujas ações políticas eram divergentes, apesar de estarem de acordo em um ponto: a ordem mundial vigente precisa de mudanças. Refiro-me a John Lennon e Ernesto “Che” Guevara.


Considerado herói por uns e um terrorista sanguinário por outros, os dias 8 e 9 de outubro são conhecidos por marcarem os últimos momentos da vida de Che Guevara. No dia 8, foi capturado pelo exército boliviano na aldeia de La Higuera e morto no dia seguinte a mando do Coronel Zenteno Anaya.


Sua vida poderia ser mais longa, não fosse sua vontade de mudar o mundo. Representou Cuba em reuniões e organismos internacionais até 4 de outubro de 1965, ano em que decidiu deixar Cuba para internacionalizar sua revolução e seus ideais e, assim, combater o imperialismo ianque.


Não fosse sua necessidade de mudar o mundo, Che poderia ter ocupado altos cargos no governo cubano. No entanto, sua necessidade e seu inconformismo com a ordem mundial vigente falaram mais alto. Foi ao Congo, onde sua atuação foi um fracasso, e, em seguida, partiu em uma missão de unificar os países da América Latina.


Para muitos minha visão de Che Guevara pode parecer romântica, apesar de não ser essa minha preocupação e tampouco o meu objetivo. Não posso, entretanto, negar minha admiração pela sua coerência e seu inconformismo. Posso não concordar com seus métodos e ter dúvidas sobre os seus ideais, mas isso é outra conversa.


A outra comemoração do dia é do nascimento de John Lennon. Nasceu durante os primeiros anos da II Guerra Mundial, em 1940 durante uma série de ataques aéreos realizados pela Luftwaffe, a força aérea alemã.

Ironicamente, foi a turbulência da guerra o berço de um dos grandes pacifistas do século XX. Sua luta e principal bandeira foi pela paz, celebradas por meio de dois bed-ins, conferências de imprensa em favor da paz, realizados em uma cama de hotel.



O primeiro aconteceu após seu casamento com Yoko, em março de 1969 em Amsterdã. O segundo foi realizado em Montreal e ficou conhecido por ter se tornado o palco da gravação de Give peace a chance.


Ao contrário de Che Guevara não acreditava em mudanças por meios violentos, como guerras ou revoluções armadas. Qualquer um pode  facilmente chegar a essa conclusão ao escutar Revolution.

Apesar dessas contradições não podemos negar uma postura comum das duas personalidades do dia: ambos eram contra a ordem mundial. Com métodos e bandeiras distintas, os dois faziam aos seus admiradores o mesmo convite: Imagine um mundo melhor!



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