Parar para avançar

Em poucos dias o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA, órgão em que trabalho, deve ter boa parte de suas atividades interrompidas em função de uma greve dos seus servidores. Como sou parte do movimento, decidi colocar hoje no meu blog minhas impressões pessoais sobre esse fato e o que penso está registrado nos parágrafos abaixo.

No mundo diplomático é comum se ouvir que muitas vezes é necessário ceder no presente para garantir uma conquista no futuro. Assim, abrir mão de vantagens em algum acordo econômico de saída pode parecer uma perda que depois pode se converter um avanço em outra área como a de cooperação técnica. Da mesma forma que na diplomacia, acontece na vida. A gente perde um pouco aqui parar em algum ganho mais adiante.

A decisão de uma greve não é um momento de retrocesso, mas sim de uma pausa para obter um ganho aparentemente inalcançável. Ao se perceber que uma negociação trava, o diálogo paralisa e não surgem avanços ou retrocessos, é preciso que alguém faça um movimento mais brusco para o carro pegar no tranco e as coisas andarem.

É preciso que todos se lembrem disso no momento em que nos preparamos para iniciar um movimento que é uma paralisação. A ideia é forçar uma parada para conseguir algum avanço. Como acontece com um jumento empacado, não vai ser fácil fazer o bicho andar. É por isso que precisamos forçar essa pausa para juntarmos nossas forças e conseguir assim fazer o bicho andar. Afinal, como foi dito no post sobre a mobilização coletiva do dia 20 de março, todos juntos somos fortes e temos condições de fazer esse jumentinho andar nem que seja algumas centenas de metros.



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