Ao mestre com carinho

Já se passou algum tempo, mas creio que sempre é justo render homenagem a quem fez a vida de milhões de brasileiros um pouco mais leve. Como houve outras perdas desde a sua morte no dia 23 de março, convém lembrar que a homenagem, ainda que tardia, é para o grande mestre do humor, Francisco Anysio de Oliveira de Paula Filho, ou, como todos conhecem, Chico Anysio.


Quando eu era criança, um dos programas humorísticos que mais reunia a família era o Chico City. Aliás, ele foi o primeiro humorista - pode ser que a minha memória me traia nesse aspecto - com um programa só para si e seus personagens tão imortais quanto o próprio artista. A única queixa que eu tenho dessa época é o fato de ter assistido tal espetáculo em uma televisão preto e branco, o que não tirava o colorido dos seus tipos e piadas.

É bem verdade que Chico estava a um bom tempo apagado em função de sua saúde debilitada pelo vício do fumo. Algum tempo depois de abandonar o tabaco, o próprio Chico confessou ser esse mal hábito a única atitude de que se arrependia em toda sua vida.

Inteligente, talentoso, criativo, multi-tarefa, Chico Anysio deixa muito mais do que uma vasta obra que conta com músicas, livros, quadros e inúmeros tipos. Deixa em nós o orgulho de termos sido testemunhas vivas do trabalho de um gênio imortalizado por suas obras.

Ao nos deixar, Chico Anysio passou a desempenhar um novo papel, o de ser um mestre e fonte de inspiração para muitos que desejam prosseguir os seus passos.

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